Alma Gêmea

Dissemos tanto um ao outro que tua alma ficou incrustada na minha, qual diamante na rocha...

Um beijo...

http://www.youtube.com/watch?v=Hi3qWzOS-YI&feature=related

Um Beijo (Olavo Bilac)

Foste o beijo melhor da minha vida,
Ou talvez o pior...
Glória e tormento,
Contigo à luz subi do firmamento,
Contigo fui pela infernal descida!
Morreste, e o meu desejo não te olvida:
Queimas-me o sangue, enches-me o pensamento,
E do teu gosto amargo me alimento,
E rolo-te na boca malferida.

Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo,
Batismo e extrema-unção, naquele instante
Por que, feliz, eu não morri contigo?

Sinto-te o ardor, e o crepitar te escuto,
Beijo divino! e anseio, delirante,
Na perpétua saudade de um minuto...

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FUGAZ...

...e Joana que caminha firme pela rua, viu repentinamente o salto do sapato se soltar.
O andar ficou difícil, lento...
a rua já não era a mesma da infância, as casas, os muros, os becos, os jardins.
Nada, nada se parecia com o cenário que seus pés costumavam trilhar.
A trepadeira florida na janela do sobrado desapareceu...
Logo alí à frente a banquinha de flores, também se foi.
Joana, olha a sua volta e chora, já não se reconece mais...
Senta na pedra, imóvel, dura, fria da calçada e quase não percebe quando passa o bonde.
Cadê?
Cadê Joana...?

O PENDULO DO RELÓGIO.

Algumas vezes o pêndulo do relógio para por alguns segundos.

Algumas vezes a nossa vida se assemelha ao pêndulo de um relógio e por alguns momentos se encontra reticente, suspensa no ar, à espera do próximo minuto, na dependência dos acontecimentos para seguir seu ritmo ou ficar ali para sempre estanque no lugar.
Neste momento observo calada o pêndulo à minha frente, sentindo-me o próprio.
É necessário ter paciência e calma, é necessário esperar...
Esperar o próximo minuto.
O que me reservará o tempo?
Não é nada fácil quando nos deparamos repentinamente com a possibilidade e a consciência da brevidade da vida!

"Contigo aprendi que o amor reparte mas sobretudo acrescenta."

Thiago de Mello

Isso também passa.

Certo dia um discípulo ao ao saber que seu mestre iria partir pediu a ele que lhe deixasse um conselho, um último ensinamento que lhe valesse pelos anos que estariam separados.
O mestre então atendendo ao pedido do discípulo, escreveu algo em um pergaminho, enroulou-o delicadamente e entregou ao discípulo dizendo que ele somente deveria abri-lo no dia mais alegre ou mais triste de sua vida. Mesmo sem entender o discípulo obedeceu e guardou o pergaminho. Muito tempo se passou até que um dia se abateu uma grande tristeza sobre a vida desse discípulo; ele então lembrou do pergaminho guardado e pensou ser o momento certo para abri-lo. Ao fazê-lo observou escrita a seguinte frase: ISSO TAMBÉM PASSA!

Tudo na vida é passageiro assim como a própria vida, tanto as tristezas como também as alegrias.
Praticar a paciência, perseverar no bem e nas boas ações, ter simplicidade, fé e pensamentos positivos mesmo perante as mais difíceis situações é saber viver e fazer da nossa vida uma constante aprendizagem.

Medianoche.

Cuando la noche cae

muy despacito

y las tristezas hacen ronda

junto amí,

yo te pido Dios mío,

Que me ayudes

y me digas

Que es posible ser feliz.

Medianoche,

un tañido de campanas

muy lejano,

Tan lejano

Que mal se oye

su gemir,

Se confundem

sus quejas con las mias

y bajito al oído,

ellas me dicem:

- No lo creas

no es posible ser feliz;

cuando cae la noche

y en sus pliegues

yo me envuelvo en ellos
sen sentir,

poco a poco

nace en mí una esparanza

y ahora siento

que tal vez yo sea feliz!

Autor desconocido.